te olho com fome: com desejo de morder-lhe a boca, arranhar-lhe os braços, puxar-lhe os cabelos, colar teu corpo no meu. Quero sentir cada arrepio de cada gota de suor que percorrer cada centímetro da minha pele. E no fim do princípio do êxtase, sentir-me despedaçadamente completa por tê-lo por inteiro, através e por dentro de mim.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Eu, braços cruzados, mente turva, face enevoada, o banco da praça... E então aquela senhora, tão antigo e desconhecida quanto eu própria: "Não se zangue, não fique triste, sorria!". E então já éramos um sorriso de saudades, uma espera de você, toda calma do tempo que engatinhava e eu. Enquanto você não vem, e nem sabe que o deveria, eu fico aqui degustando essa coisa agridoce e meio-amarga que é ficar incerta sendo eu e você por nós.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
-Não se mexe assim, vai estragar o desenho.
-Avisei pra não desenhar nas minhas costas enquanto eu
durmo.
-Ainda acho que você devia me deixar te tatuar.
-E eu ainda acho que não vai acontecer.
-Você não confia em mim?
-Como tatuador, sim. Como amante, não.
-Não entendi...
-Um dia você vai embora... não, não me interrompa! Eu sei
que vai... Vai voltar pro seu país, pra sua esposa, pros seus filhos. E eu fico
aqui, nessa cidade, nesse quarto, nesse corpo. Vou querer apagar nossas fotos,
rasgar seus desenhos, queimar suas cartas... E se você marcar minha pele, eu
vou querer esfolar minha carne, mesmo sabendo que isso não vai te arrancar da minha
memória. Vou acordar todos os dias e pensar que se tivesse lhe dito não, eu não
precisaria me lembrar de você todas as vezes que olhar no espelho. E vou
acreditar nisso, mesmo que no fundo eu saiba ser mentira e que pensaria em você
de qualquer jeito.
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My big bad tattoed man
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