sábado, 6 de outubro de 2012

My dear,

    Sabes, ainda estou na cama, do mesmo e exato modo que estava no momento em que saístes... Não tive coragem sequer de lavar-me, preferi prolongar o cheiro de teu suor e o gosto de tua saliva que cobrem todo o corpo meu.
    Ah, se me fosse possível tornar a noite de ontem uma eterna repetição em todas as noites minhas...
    Te lembras do balanço de nossos corpos, inconscientemente sincronizado  com as batidas do baixo que, tanto quanto nós, latejava no mesmo ritmo do blues? Sequer levantei-me para desligar o toca discos, deixo que ele espere que retorne para que ele volte a trabalhar.
    "You are my big bad handsome man...", mas já não sei se o espero para satisfazer-me. Importa-se que por uma ou duas vezes eu me delicie com a lembrança na noite nossa e me auto satisfaça? Pois, no meu delírio, não serei eu. Será você! Sua boca, seus dedos, seu sexo... Será você a tocar no meio de minhas pernas e molhar-me de prazer.
    E quando chegar, por favor honey, deixe o jeans, os sapatos e a camisa na sala (já que tuas meias ainda estão por aqui). Já venha tão pronto quanto eu lhe espero, vestido apenas com tua barba para arranhar-me e seu desejo para satisfazer-me.
                                                                                 Sua,
                                                                                          A.

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