sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Sonhei: sai do banheiro e me esperavas sentado na beira da cama. Ainda nu e ereto.
Acordei: ainda com o dia escurecido e o vento gelado e a rua silenciosa e o desejo pulsando. Não quis acender a luz da sacada, não preciso da companhia de nenhum olhar. Junto com a fumaça do meu cigarro, tentei tragar a tua presença. O que consegui foi nada. Tento agora me lembrar do sonho. Mas sequer me lembro do timbre da tua voz. É possível que eu a tenha sonhado? Meus cigarros tem se acabado rapidamente. Duram menos que o tempo de pensar naquilo que, entre nós, teria sido verdade. Mas a verdade não existe. E a única realidade que tenho de ti é o vício ao qual me devolveu.

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