Não há horas desde sua partida,
mas sinto que há meses aguardo o teu retorno. O mar que embalava meu sono com o
quebrar de suas ondas, agora arremessa meu coração às pedras e o afoga em sal
de lágrimas. Por que tivestes que partir? O que essas águas turvas lhe
sussurram e lhe oferecem que meu amor não lhe possa dar? Escolhestes navegar no
incerto e vasto mar aberto, quando tinhas toda a extensão de meu corpo para
desbravar. Dar-lhe-ia tempestades se assim desejasse, molharia com o sal de meu
suor a boca tua, o entorpeceria com a ressaca de minhas ondas... Mas são os
ventos do desconhecido que sopram e movem as tuas velas. Nunca fui teu porto e
é para outro norte que tua bússola aponta. Para meu amor, marinheiro, não há
ancoradouros. Apenas a iminência de um naufrágio.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
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Versos náuticos na postagem e uma garota num lugar maravilhoso na apresentação.
ResponderExcluirA maresia sempre foi minha preferida.
ResponderExcluirMil beijinhos,
Angélica Azambuja
Tumba Cerrada